Mães são o alicerce emocional e físico de muitas famílias. Quando uma mãe se sobrecarrega e negligencia sua própria saúde, todo o sistema ao redor dela sente o impacto — inclusive seus filhos. Cuidar de si mesma não é egoísmo. É responsabilidade.
A saúde emocional da mãe tem relação direta com o desenvolvimento emocional do filho. Você tem observado os sinais de alerta e sabe se deve buscar ajuda médica?
- Observe sinais de alerta: irritabilidade constante, cansaço extremo, culpa excessiva, isolamento social, ansiedade, choro frequente.
- Peça ajuda: psicoterapia, grupos de apoio, conversas com outros pais.
- Evite o mito da “mãe perfeita”: ser boa mãe não é nunca errar, mas estar disponível emocionalmente.
O que pode te ajudar no dia a dia?
- Reserve momentos só seus: 15 a 30 minutos por dia para algo que você gosta (ler, ouvir música, caminhar);
- Faça atividade física pelo menos duas vezes na semana (sabemos que com as demandas de um filho neurodivergente não dá para fazer todos os dias, mas priorize pelo menos duas vezes. Você consegue!);
- Diga não quando necessário: seus limites devem ser respeitados;
- Tenha uma noite de sono reparadora (na medida do possível – pelo menos 6 horas por dia) – Desligue telas pelo menos 30 minutos antes de dormir, crie um “ritual do sono” com luz baixa, som calmo. Aproveite momentos em que a criança está dormindo para repousar, ao invés de tentar “dar conta de tudo”;
- Faça pequenas pausas para respirar profundamente e alongar-se, por exemplo: Feche os olhos. Inspire pelo nariz contando até 4. Segure por 2 segundos. Expire lentamente pela boca. Repita por 1 minuto. Isso reduz a ansiedade, clareia os pensamentos e relaxa;
- Quando estiver muito “estressada a ponto de explodir”, tome um banho quente;
- Alimente-se de forma regular e nutritiva — sem culpas ou dietas restritivas desnecessárias (se não tem tempo de preparar almoços todos os dias, desenvolva estratégias de congelamento de refeições saudáveis);
- Evite pular refeições. O cérebro precisa de energia para funcionar bem;
- Converse com outras mães sobre o que você sente – participe de grupo de mães do seu município – Mães exaustas não são fracas: são humanas;
- Siga perfis nas redes sociais que acolhem, não os que cobram ou te fazem sentir menos (Sugestão de perfis com informações de qualidade sobre o autismo, Mayra Gaiato, Dra. Thatiana Paz, Lucelmo Lacerda, Marcos Petry);
- E se sentir necessidade procure um profissional de saúde mental, isso não é exagero — é cuidado.
A maternidade não define 100% quem você é. Você é mãe, mas também é mulher, profissional, filha, amiga, companheira. Conecte-se com sua identidade além da maternidade. E o mais importante: não se culpe por isso.
Não é possível cuidar bem de ninguém quando estamos nos abandonando.


